quarta-feira, 3 de março de 2010

Miséria e Fome na África.



Desde a minha infância, vejo na mídia relatos sobre a fome na áfrica, Lembro-me de falarmos que quem era esfomeados, tinha vindo da Etiópia. Isso sempre me incomodou, não dá para aceitar tanta gente passando fome (Morrendo, literalmente de fome) enquanto a Europa e o próprio Vaticano senta sobre sua riqueza e cultura.
Recentemente li em uma revista o resultado de uma pesquisa onde dizia, que se todos fossemos consumistas como os Estados Unidos, necessitaríamos de três planetas terra e meio para suprir nossos gastos, é este consumo exagerado americano e a riqueza da Europa, o que está faltando na África!
O texto abaixo não é meu, encontrei na internet e é de autor desconhecido, mas representa o que eu penso:
Parece bastante hipócrita a tenacidade com que a Europa procura evitar a chegada de imigrantes africanos, quando não são outra coisa que o resíduo patético das suas corridas coloniais de vários séculos.
Esperará por acaso a Europa que depois de séculos a saquear África despojando-a da sua cultura, dos seus recursos materiais e humanos, de infectá-la com a sua febre perniciosa de consumo, vai poder encarar o novo milênio como uma espécie de fortaleza armada e compacta em cujo interior, todos são felizes enquanto que, no exterior, a fome e o desespero alastram?
No conto de Edgar Allan Poe ‘A máscara da morte vermelha' simboliza-se a futilidade da intenção do príncipe de se fechar no seu palácio a dar festas até que a peste passe.
A morte acabou por entrar.
A Europa é rica graças, essencialmente, a tudo o que levou da África.
Por acaso esperam que os africanos famintos fiquem padecendo da miséria dos seus latrocínios enquanto que as sociedades européias desfrutam dos altos níveis de qualidade de vida?
Acreditam, que é tolerável que quem os roubou, matou e violou centenariamente venha a pontificar-se e a dar-lhes lições sobre moral internacional e direitos humanos?
Não se lembram os ingleses, dos massacres do Kenya; os despojos na Rodésia?
Não se lembram os franceses, o quanto roubaram em Dakar e na Costa do Marfim?
Não se lembram os alemães, dos campos de concentração na Namíbia e dos crânios do povo guerreiro dizimado que ainda conservam no Museu de Medicina de Berlim?
Não se lembram os belgas, das vossas atrocidades no Congo?
Não se lembram os portugueses, das vossas escavações depredadoras em busca do ouro de Angola, das vossas caçadas de escravos em Moçambique?
Não foi a vossa cobiça e a vossa vaidade ridícula, europeus, que regou com tanto sangue de crianças inocentes os diamantes da Serra Leoa?
E agora se dão ao luxo de repelir estas barcaças de desesperados, de encerrar e de deportar os fugitivos que chegam às suas costas marítimas, porque até dão mau aspecto às suas glamorosas praias mediterrânicas.
Se a Europa fosse coerente com as suas próprias políticas de direitos humanos teriam que acolher com os braços abertos todos os africanos e pedir-lhes perdão por todas as ofensas, oferecendo-lhes repartir aquilo que levaram das suas terras.
E o mais curioso é que estes embandeirados pela angústia não pedem o que lhes pertenceria por direito.
Apenas pedem as migalhas de uma esmola, vender bugigangas nas praças, entregar jornais ou lavar automóveis. E mesmo assim não os querem?
É um espetáculo demasiado doloroso, demasiado triste que no centro da vossa grande civilização se mostrem os rostos obscuros das vítimas que o tornaram possível.
A vossa cegueira é admirável, a vossa hipocrisia é criminosa, a vossa baixeza é formidável.
Despertem do vosso sonho torpe e da vossa fantasia narcótica.
O mundo ruge desesperado à vossa volta
Quanto mais tempo pensam que poderão fingir não ouvir?
Não se pode aceitar que tanta beleza nas artes tenha surgido de corações tão duros.
Seguramente a Europa abrirá o seu coração, as suas portas. Seguramente aprenderemos algum dia a tratar todos os seres humanos como iguais, porque se não for assim, estaremos aceitando os distintos genocídios ocorridos ao longo da história como feitos normais.

Poema africano:

Meus caros irmãos,
Quando eu nasci eu era negro,
Agora cresci e sou negro,
Quando tomo sol fico negro,
Quando estou com frio fico negro,
Quando tenho medo fico negro,
Quando estou doente fico negro,
Quando morrer ficarei negro.

E você homem branco
Quando nasce é ROSA
Quando cresce fica BRANCO
Quando toma sol fica VERMELHO
Quando sente frio fica ROXO
Quando sente medo fica VERDE
Quando está doente fica AMARELO
Quando morre fica CINZA
E ainda tem a cara de pau de me chamar de homem de cor...

3 Comentários:

Blogger Unknown disse...

o mundo finge q nada acontece na áfrica, e isso é uma vergonha, nós não podemos ficar calados vendo tais barbaridades acontecendo.
Devemos fazer o possivel para mostrar a realidade dos fatos, afinal somos todos seres humanos; e nao devemos crusar os braços, ficar quietos.

3 de outubro de 2010 às 01:10  
Blogger Sarah Nádia disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

25 de novembro de 2010 às 07:38  
Blogger Sarah Nádia disse...

Pois é... As pessoa fingem que não veem a desgraça acontecendo na África, porém essa realidade está muito mais próxima do que imaginamos!
Isso pode acontecer com qualquer um.
As pessoas tem que se mostrar mais humanas e ajudarem uns aos outros, porque mesmo que não pareça todos somos iguais independentemente das diferenças...

25 de novembro de 2010 às 07:38  

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